Segundo a lenda, a última rainha do Egito apostou com Marco Antônio que conseguiria gastar mais de 10 milhões de sestertius (a antiga moeda romana) em uma única refeição. Belo passatempo, certo? Então ela fez um coquetel de pérolas e ganhou a aposta.
Segundo os escritos do filósofo Plínio, o Ancião, datados de 79 d.C, ela pediu um copo de vinagre, mergulhou seu brinco nele e esperou que a pérola fosse corroída pela substância e depois tomou o exótico drink.
E a pérola não era descrita como uma simples pérola. “Era a maior pérola do mundo”, segundo Plínio e valia todos os 10 milhões de sestertius.
Na antiguidade a história foi considerada plausível, mas historiadores modernos a descartaram como sendo mito. No entanto uma historiadora chamada Prudence Jones, da Universidade de Montclair, resolveu testar o mito.
Ela descobriu que uma pérola de um grama pode ser dissolvida em 24 horas se submersa em vinagre de vinho – o vinagre usado na época de Cleópatra. A substância vira um gel translúcido que não é tão apetitoso quando um Martini, mas, mesmo assim, é potável.
O carbonato de cálcio liberado pela pérola dissolvida faz com que o drink não seja tão ácido quanto o vinagre puro.
O experimento de Prudence Jones acaba com o maior argumento dos historiadores que consideravam a extravagante bebida de Cleópatra um mito: que seria necessário um vinagre super concentrado para dissolver a pérola.
Jones usou somente vinagre comum de vinho, do mesmo tipo que usamos na salada todos os dias.
por: Luciana Galastri | arqueologia do Egito
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