Túmulo de Cleópatra e de Marco Antônio


Equipe de arqueólogos que há três anos tenta encontrar túmulo de Cleópatra e de Marco Antônio acredita que a sua descoberta está próxima. As moedas com a efígie da rainha e uma máscara usada por Marco Antônio, encontradas no templo Taposiris Magna, trouxeram  uma nova esperança à equipa de profissionais do Egipto e da República Dominicana.

Os arqueólogos acreditam estar perto de encontrar o túmulo de Cleópatra e de Marco Antônio. Neste momento, decorrem escavações em três locais do Egipto e durante a próxima semana vão começar outras num templo a oeste do litoral da cidade de Alexandria, segundo noticia a BBC.

As equipes que estão a trabalhar na área acreditam que o casal de amantes pode estar sepultado próximo do túmulo onde recentemente foram descobertas dez múmias. Durante a análise ao achado arqueológico, os técnicos encontraram ainda um busto de Cleópatra e moedas com a sua efígie.
Uma equipe de profissionais do Egipto e da República Dominicana está há três anos a fazer escavações no Templo de Taposiris Magna, na região de Abusir, onde o Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto acredita que a antiga rainha egípcia esteja sepultada com o general romano. A existência neste local de poços profundos que se assemelham a túmulos dá mais força a esta hipótese.


Nestas sepulturas, além de moedas com a efígie de Cleópatra, foi achado um busto da rainha e uma máscara que os arqueólogos defendem ter pertencido ao romano Marco António. O templo que escondia estes vestígios históricos foi mandado construir durante o reinado de Ptolomeu II (282-246 a.C.).
Cleópatra e o seu amante romano suicidaram-se no ano 30 a.C., depois de terem sido derrotados na Batalha de Actium, contra o futuro imperador de Roma Octávio. Alguns historiadores defendem que antes de se suicidar Cleópatra terá ainda tentado seduzir sem êxito Octávio, tal como já tinha feito com Júlio César e Marco António.
Para a história ficou a imagem de uma Cleópatra bela e sedutora, a quem os homens não conseguiam resistir. Mas alguns achados arqueológicos indicam que a beleza com que era retratada a rainha do Egipto era exagerada, um reflexo da cultura artística de então. Esta tese foi defendida há dois anos por uma equipa de especialistas da Universidade de Newcastle.



Nem todos acreditam que Cleópatra pudesse ser feia. O arqueólogo Zahi Hawas, chefe da equipa (e responsável maior pelos trabalhos de arqueologia no Egipto) que procura a última morada do casal suicida, explica que as moedas agora encontradas no Templo de Taposiris Magna "reflectem um charme... e indicam que Cleópatra não era de modo algum feia".
Este especialista critica ainda os defensores da falta de beleza da soberana egípcia: "O que alguns estudiosos têm dito sobre Cleópatra é muito feito."

(DN Ciência)