Desde a antiguidade, aroma e o sabor têm andado juntos, para definir atributos sensoriais agradáveis aos alimentos. No entanto, seu aparecimento foi lento, mas transformou toda a humanidade que conhecemos. A prioridade dos nossos antepassados foi pela conservação de alimentos, em função de grande parte da população na época ser formada por tribos nômades, países em formação e em constantes disputas, pouco conhecimento de agricultura e tecnologia de transformação de alimentos, dentre tantos outros fatores. Buscou-se a sustentação de uma cadeia alimentar, para depois iniciarem os experimentos em processos, que criariam diversos tipos de produtos, como a fabricação de cerveja, de carne salgada, do vinho, embutidos maturados/fermentados e progressivamente, foram surgindo inovações, como o uso do açúcar, das especiarias, dos processos de defumação, da refrigeração e assim por diante, até os dias de hoje. Atualmente, o uso de muitos processos inovadores e ingredientes, ajudam na facilidade da fabricação e o aumento da vida de prateleira do alimentos, fazendo com que a oferta destes no mundo atual, seja mais justa e próxima dos habitantes que o habitam.
Nesta evolução dos alimentos, encontramos informações sobre o uso de aromas, condimentos e outras substâncias que contribuíram para a melhoria da palatabilidade daquilo que nos alimenta. Os egípcios foram grandes precursores no uso de diversos produtos, tais como a cerveja, o pão feito com trigo, o uso de alho, aipo, pepinos, rabanetes, cebola, ervilha, feijão, alfaces, uvas, figos, melões, romãs, cominho, salsa, manjerona, coentro, hortelâ, óleo de gergelim, azeitonas. Registros demonstraram que eles utilizavam o mel como adoçante,
O MEL
• Antes do surgimento do homem neste planeta a abelha já existia, e acredita-se que ela surgiu quando já havia razão e meio para existir.
• Sabe-se hoje, por provas arqueológicas (pedaços de âmbar transparente envolvendo abelhas), que já existiam abelhas há 42 milhões de anos, idênticas às atuais.
• Por volta do ano 3400 a.C., o soberano do Alto Egito uniu seu reino ao Baixo Egito. Desde a primeira dinastia, em 3200 a.C., adotaram-se as abelhas como símbolo do faraó do Baixo Egito. O mel era muito usado pelos antigos egípcios, especialmente pelos sacerdotes, tanto nos rituais e cerimônias como para alimentar animais sagrados. Durante séculos, o mel foi o adoçante principal em todo o mundo. Relevos egípcios em túmulos do século III a.C. mostram trabalhadores recolhendo mel de colmeias.
• No Antigo Egito explicava-se a origem do mel como sendo fruto das lágrimas vertidas (derramadas) por Rá, Deus do Sol.
• O arqueólogo T.M. Davies descobriu uma jarra de 3.300 anos de mel em uma tumba egípcia que, para sua surpresa, estava em ótimas condições.
• Cleópatra utilizava uma mistura de leite com mel nos seus banhos de modo a manter a sua jovem aparência.
• Pepi II do Egito, passava mel nos corpos dos escravos para atrair as moscas e afastá-las de perto dele.
CONDIMENTO
•Condimento é a substância que é acrescentada a um alimento, para emprestar-lhe sabor, aroma ou realçar o seu paladar. A utilização dos condimentos é muito variável, ou seja, vão ao encontro dos hábitos e tradições das regiões.
•O termo especiaria ou espécie (do latim species ), a partir dos séculos XIV e XV na Europa, designou diversos produtos de origem vegetal (flor, fruto, semente, casca, caule, raiz), de aroma ou sabor acentuados. Isto deve-se à presença de óleos essenciais. O seu uso distingue-as das ervas aromáticas, das quais são utilizadas principalmente as folhas.
•Além de utilizadas na culinária, com fins de tempero e de conservação de alimentos, as especiarias são utilizadas em farmácia, na preparação de óleos, unguentos, cosméticos, incensos e medicamentos. Historicamente, esses múltiplos usos deram lugar a disputas entre as corporações - notadamente entre os especieiros e os boticários.
OUTRAS DEFINIÇÕES
Ervas e Especiarias também conhecidas como Condimentos ou Temperos. É conhecido como aquilo que serve para temperar a comida de modo que fique suave agradável e de delicado sabor.
PRINCIPAIS CONDIMENTOS DO EGITO ANTIGO
•Alho
•Alho-poró
•Alecrim
•Anis
•Açafrão
•Coentro
•Cominho
•Gergelim
•Orégano
•Tomilho
•Talvez antecipando a mania moderna de aderir ao vinho como bebida saudável, os antigos egípcios costumavam adicionar ervas medicinais à bebida como forma de tratar muitas doenças. Usando técnicas avançadas de análise química, pesquisadores americanos conseguiram flagrar as mais antigas evidências dessa prática médico-etílica. Jarros que foram enterrados com um rei por volta do ano 3150 a.C. trazem indícios da presença de vinho condimentado com vegetais como pinheiro, bálsamo, menta e alecrim, entre outras plantas consideradas curativas no antigo Egito.
•No lado do uso médico da bebida, uma das prescrições comuns para dores de estômago era a ingestão de vinho misturado com coentro e outros aditivos.
O curioso é que as plantas cuja presença foi provavelmente detectada pelos arqueólogos não são nativas do Egito, mas foram trazidas do vale do rio Jordão, da região de Gaza e de outras áreas da Palestina. Por isso, é possível que os egípcios tenham importado a prática de seus vizinhos do Oriente Próximo
•Os primeiros registros de especiarias foram encontrados por arqueólogos em tumbas egípcias datadas de 3000 a.C. Acreditava-se que as propriedades de conservação de alguns temperos eram ideais para o embalsamamento. A partir do século 15, inúmeras embarcações europeias desbravadoras de novas terras voltavam ao Velho Continente recheadas de especiarias, vendidas como produtos de luxo, bastante caros.
•Como condimentos, o alho e o açafrão eram amplamente utilizados, sendo o açafrão encontrado em muitas pinturas como oferenda ao Deus Sol (Ra).
O SAL
•Os registros do uso do sal remontam a 5 mil anos. Ele já era usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações pré-colombianas. Nas civilizações mais antigas, contudo, apenas as populações costeiras tinham acesso a ele. Mesmo assim, estavam sujeitas a períodos de escassez, determinados por condições climáticas e por períodos de elevação do nível do mar.
•No Egito o sal era negociado sob forma de tijolos desde 2.200 a.C. e tinha excelente pureza como mostram análises de amostras desta época.
ÓLEOS
•Os óleos e gorduras utilizados para preparar a carne eram bem variados. Extraídos de cabras, raízes, plantas e sementes, eram utilizados para fritar ou cozinhar alimentos como legumes ou carnes.
OS SEGREDOS DE CLEÓPATRA
•Um dos truques conhecidos que Cleópatra, a sedutora mulher egípcia utilizava era o banho hidratante. Um ingrediente indispensável desse banho era o leite. Mais precisamente o leite de burra. O mel era um aditivo colocado no banho. Ela também explorava matérias-primas curativas, composições como o kyphi e óleos aromáticos como o de rosas. O costume de ungir o corpo com óleo era rotineiro, ainda mais por causa do tempo seco ao redor do Nilo. Um dos óleos utilizados era o óleo de ambrette (proveniente das sementes de plantas Hibiscus) ou óleos provenientes da Grécia.
•As máscaras faciais eram compostas por leite, mel, pepino, levedura e argila. Leite quente e mel era a máscara facial favorita de Cleópatra, assim como a máscara de argila.
Para manter sua pele lisa e esfoliada, Cleópatra esfoliava o corpo com sais marinhos. Outros ingredientes usados na pele de Cleópatra foram: o bálsamo, o cedro, a cera de abelha, a mamona, gordura de ganso, endro, hortelã, gengibre, antimônio, chumbo, enxofre vermelho e cebola. Sais do mar, especialmente aqueles do Mar Morto também eram apreciados pelos egípcios, para a esfoliação.
•1 parte de mel
•1 parte de natrão (use bicarbonato de sódio)
•1 parte de sal do Mar Morto (sais de banho)
•Moer até formar uma pasta e esfregue no corpo.
Fonte; Portal Educacao